O programa é uma iniciativa é do Ministério PĂșblico de São Paulo (MPSP) e do Ministério PĂșblico do Trabalho paulista e busca firmar protocolos de esforço de instituições em prol da prevenção da violĂȘncia contra a mulher e da promoção de ambientes seguros, igualitĂĄrios e respeitosos para todos, em espaços de lazer, trabalho, cultura, esporte e convivĂȘncia e em toda a sociedade.
"A iniciativa busca romper com a cultura do estupro, o silenciamento institucional e a responsabilização da vĂtima, promovendo uma transformação ética, polĂtica e cultural nas instituições e na sociedade, angariando aliados, e reafirma: 'a culpa nunca é da vĂtima'. O impacto é real dentro das instituições, nos espaços pĂșblicos e nas relações", disse à AgĂȘncia Brasil a promotora de Justiça Vanessa Therezinha de Sousa de Almeida, coordenadora do NĂșcleo de GĂȘnero do MPSP.
Entre os 85 parceiros com convĂȘnios jĂĄ consolidados, estão instituições pĂșblicas, privadas e da sociedade civil que se comprometeram com a equidade de gĂȘnero, a integridade organizacional e a promoção da dignidade humana.
As primeiras 15 adesões foram firmadas em novembro de 2023, quando o programa foi lançado. Entre os parceiros, hĂĄ universidades, empresas e grupos privados, clubes, sindicatos e federações, além de coletivos feministas e movimentos sociais. Novas adesões podem ser feitas a qualquer momento por meio de formulĂĄrio disponĂvel no site oficial do MPSP.
"O Pacto Ninguém se Cala é mais do que um compromisso institucional — é um grito coletivo por mudança — e nasce da urgĂȘncia de romper com o silĂȘncio que ainda cerca tantas violĂȘncias e da certeza de que toda mulher tem o direito de existir em segurança, respeito e dignidade. Baseado em trĂȘs pilares: divulgação da legislação protetiva, criação de espaços seguros e mobilização de aliados, o pacto se torna um instrumento de transformação concreta", complementa Vanessa Almeida.
O objetivo é aumentar o conjunto de parceiros, pois os ministérios pĂșblicos consideram urgente que mais setores da sociedade se comprometam. "São necessĂĄrios mais formações, mais aliados, mais coragem coletiva, porque quando a sociedade inteira se posiciona, a violĂȘncia recua", ressalta a coordenadora do NĂșcleo de GĂȘnero do MPSP.
Além das ações institucionais é importante que atos de violĂȘncia, em geral, e sobretudo contra mulheres e minorias, sejam denunciadas. HĂĄ diversos canais pĂșblicos para isso, como o Disque 100 ou as Delegacias da Mulher, atuantes em todo o paĂs, além de redes de atendimento compostas pelas promotorias dos ministérios pĂșblicos e pelas defensorias pĂșblicas nos estados.
Fonte: AgĂȘncia Brasil