A Seleção Brasileira teve uma atuação apagada na estreia do técnico Carlo Ancelotti e ficou no empate sem gols contra o Equador, em partida válida pela 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, disputada no estádio Monumental, em Guayaquil. Com apenas duas finalizações ao gol adversário, o Brasil não conseguiu impor seu jogo e deixou o campo sem brilho, em um duelo marcado pela falta de criatividade de ambos os lados.
Com o resultado, o Brasil soma 22 pontos e mantém a quarta colocação nas Eliminatórias, sete pontos à frente da Venezuela, que ocupa a zona de repescagem e ainda não jogou na rodada. O empate, embora mantenha a Seleção em posição confortável, não reflete o impacto esperado para a estreia de um treinador de renome internacional.
Multicampeão à frente de gigantes do futebol europeu, Carlo Ancelotti tornou-se, nesta noite, o primeiro estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira. De terno e gravata, o italiano chamou atenção na beira do campo, gesticulando intensamente, mascando chicletes sem parar e, no último lance do jogo, protestando contra o árbitro por encerrar a partida durante um ataque promissor do Brasil. Apesar do entusiasmo, a equipe não respondeu em campo com a mesma energia, frustrando as expectativas para o início de sua era.
O primeiro tempo no estádio Monumental foi de pouca inspiração. O Equador começou com ligeira vantagem, controlando a posse de bola e ocupando o campo de ataque, mas sem criar chances claras. O Brasil, por sua vez, teve a primeira grande oportunidade aos 21 minutos, quando Estevão desarmou o adversário, passou para Richarlison, que encontrou Gerson. O meia, no entanto, preferiu passar para Vini Jr. em vez de chutar, e a finalização saiu prensada. Aos 30 minutos, Vini Jr. criou pela direita, mas a zaga equatoriana cortou mal, deixando a bola livre para Vanderson. O lateral, porém, optou por dominar em vez de chutar e acabou desarmado. O Equador respondeu aos 37 minutos, com Yeboah arriscando de fora da área e forçando Alisson a fazer uma defesa em dois tempos. Até o intervalo, nenhuma das equipes conseguiu levar perigo real ao gol adversário.
Na volta do intervalo, o Brasil manteve a mesma formação e postura, apostando em jogadas pelas laterais com Estevão e Vini Jr., mas sem sucesso. O Equador dominou a posse de bola, mas também não ameaçou o gol de Alisson. A melhor chance da etapa final veio aos 30 minutos, quando Vini Jr. passou para o meio, Gerson fez um corta-luz, e Casemiro chutou rasteiro com força, mas parou nas mãos do goleiro Gonzalo. O Equador respondeu rapidamente com um chute cruzado de Estupiñán, mas sem precisão. Nos minutos finais, o time da casa pressionou, empurrando o Brasil para a defesa, enquanto a Seleção se limitava a tentativas descoordenadas. O nervosismo tomou conta do jogo, mas a criatividade permaneceu ausente até o apito final.
A estreia de Ancelotti, embora histórica, não trouxe o impacto esperado. O empate sem gols reflete as dificuldades do Brasil em encontrar um padrão de jogo, deixando torcedores e analistas com a sensação de que a Seleção ainda precisa de ajustes para retomar seu protagonismo nas Eliminatórias.